19 de setembro de 2013

O Verbo de Alanis





Ela pode estar onde a prisão o impede de ser feliz, a memória é uma corrente de sucesso frente a um silêncio esgotável. Deixe a voz dela entrar. Ela recupera o ego com massagens e suas mãos imaginárias te trazem a realidade absurda do riso fácil. Acreditem nela quando se dispuser a cantar com um dom aceso em um dia cinzento, conduza ela aos palcos do seu progresso. Um simples sussurro dela é um grito contra a opressão dos bons sentimentos. Deixe-a em condições de criar sua arte de modos filantrópicos de uma nação para todas as outras, pelo o ouvido aos interiores inquietos. Entenda a suas composições como a mãe estende o braço teimosamente em função da redenção de um filho. Permita que ela o conduza para o campo florido das verdadeiras aventuras, constantes, em sonhos reais. Enxergue-a com os olhos virgens do pecador arrependido. Seja como ela um companheiro compreensível das boas ações. Quando ela canta é tempo de gozar como o último dos merecedores da paz, é tempo de reconhecer as dádivas do bem estar municiadas por seu repertório. Encontre um tempo para contemplar todas as cócegas que a existência dela prometeu, desde a infância. Acorde e escute junto ao nascer violento do sol, em toda uma paisagem que a Alanis faz amor enquanto canta, isso soa como uma paquera envolvente, uma arte adolescente e precoce, que só tem ainda mais valor e respeito. Ela é o que seu próprio timbre produz. Torne-se, ao romper as amarras do som, um jovem sábio e implacável como ela. Aceite que ela soa em constante movimento, como um verbo. Deixe que ela o conduza nesse ato de extrema virtude dos corpos, passeando em sua voz.

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