28 de outubro de 2013

Dando Vida ao Imortal (Ayrton Senna)


F1 - GP da Europa 1993 (Rap Beat) pt. 1 por the-last-phoenix

Eu tenho dois motivos para lhes contar uma das melhores passagens de Senna pela McLaren. Sabemos que esses episódios fantásticos, naturalmente tem uma tendência forte de se proliferar entre as massas, em um nível mundial é claro, por isso, a importância de ser documentado é igualmente enorme. O 1° motivo pra eu querer passar essa "pra frente", é que essas façanhas precisam ser revistas pelos amantes do automobilismo mundial, tendo lugar no coração de qualquer terráqueo, até mesmo para um Argentino - Juan Manuel Fangio admite a superioridade de Senna. O 2° motivo é que há telespectadores que até gostam desse esporte, mas não fazem parte dessa geração bem aventurada, e podem não ter tido a oportunidade de ter acompanhado estas cenas, em algum eventual programa do gênero. Será preciso viajar para o ambiente astral daquela época, e considerar algumas informações externas de campo, e assim, se tem a dimensão completa da proeza realizada pelo piloto brasileiro, naquele dia: É domingo no autódromo de Donington Park, pista do grande prêmio da Europa, na Inglaterra, o dia variava entre garoa, chuva e estiagem, chegando até a causar um mormaço. Ayrton Senna, amante da verdade, se sentia prejudicado por Allain Prost - então piloto da Willians -, o covarde havia "inventado" uma cláusula que impossibilitava o brasileiro de trabalhar na mesma equipe que ele, obviamente com medo de ser ofuscado. Senna, quando trabalhou junto com ele - Prost ainda na McLaren - foi muito melhor. Daí percebemos que há uma carga emocional negativa no campeonato, é claro que Senna, piloto maduro, tiraria de letra, mas esse agravante deve ser lembrado, para denotar a inteligência emocional dele. Um ano atrás, essa mesma Willians dominou o campeonato, com sua brilhante fase de componentes eletrônicos, e Senna - já tri-campeão mundial -, fez alguns milagres com a McLaren, conseguiu ganhar três corridas, mas amargurou o 4° lugar no campeonato. Para piorar no final dessa temporada de 1992, a Honda, que fornecia os motores para a McLaren, se desligou da Fórmula 1, e como a Benetton - era detentora dos motores da Ford 1° linha, só sobrou os motores 2° linha da Ford para a equipe de Senna. Então, novamente as Williams imbatíveis, com suspensão inteligente e controle de tração (FW15c) agora com Prost e Damon Hill, dominavam em equilíbrio e com o potente Motor Renault V10. Cada equipe tem 2 carros, certo? A Benetton com Schumacher e Patrese representavam mais dois lugares, e ainda havia as Ferraris com motor também melhores. Naquela temporada, seria péssimo para os piloto da McLaren, única equipe disponível para atuação de Senna. Então, havia 6 carros mais competitivos que os de Senna, problemático para um piloto no auge de suas habilidades. De volta para o presente - da época -, uma nuvem pairava sobre aquela pista encharcada, no momento, parecia trazer também o clima entre a federação e os críticos da imprensa, que concluíram que a escolha desse circuito era errônea. Os patetas disseram que a pista "não tinha nenhum ponto de ultrapassagem". Certo, por isso que eu digo: "quem disse, seus comédias?", na largada, antes de completar a primeira volta, Senna que havia largado em 4°, e perdeu uma posição, fechado na primeira curva por Schumacher, se recupera brilhantemente na sequência e recupera a posição já na primeira curva, depois ultrapassa Karl Wendlinger, Damon Hill e Prost, liderando rapidamente o circuito. 
Desde o seu começo na fórmula 1, Senna já demonstrava genialidade nas pistas molhadas, e é claro, que se a pista estivesse seca, com aquele carro decadente, sem uma eventual falha dos "mais fortes", as chance seriam bem menores. Senna se distanciou bastante no começo da corrida, adquiriu muita vantagem, você vê nitidamente ele voando nas curvas ensopadas de Donington, com perícia, sem medo e muita agressividade. Dá pra perceber seu esforço para manter o carro na pista, quase rodando várias vezes. "Segura, Senna" diz Galvão. Senna apavorou, chegou a fazer uma volta no rival Prost, e venceu com extrema vantagem. Essa entrou para o Hall da Fama de melhor 1° volta da história da F1. Nesse ano, Senna ganhou incríveis 5 corridas, e se não fosse retido de outras 4 disputas por problemas mecânicos talvez levaria o caneco. Por essa atuação, foi construída, uma estátua de Ayrton Senna na entrada do autódromo, dando vida ao imortal. Parece que foi ontem, com essas recordações, é obvio que outros fatos da época vem à tona, como qualquer outra lembrança. Isso multiplica os motivos para lhes contar... eu achava que só tinha dois.

26 de outubro de 2013

O Mito Também Fala (Rogério Ceni)


As opiniões de Ceni deixam os "rivais" mordidos, mas analisemos, se ele tem crédito, fica para a diretoria qualquer responsabilidade no caso dele atingir alguém, e se os mesmos acharem que ele não deve se intrometer em determinados assuntos, eles que tratem de freá-lo. Não é natural que todos conversem dentro do time? Daí o problema será só não respeitarem a influência que ele tem no S. P. Futebol Clube. Uma opinião dele vale escalação, contratação, e se tem alguém errado (se é que tem) são os cartolas que não definem hierarquia ou tratam as opiniões do goleiro artilheiro como fortes e plausíveis demais.

15 de outubro de 2013

Beleza do Paraguai



A Larissa Riquelme pensa que é como as brasileiras, meu Deus! Pode vir aqui, se exibir, desfilar novamente suas curvas na escola de samba de Nilópolis, nós sabemos que você é gostosa. Pode falar também que os caras te oferecem dinheiro por sexo - sobre Messi - e investir nos seus 15 minutos de fama, mas humildade é bom também né? Ta pensando que tá no nível das nativas? É claro que ainda preferimos ver você por aqui, quase nua, toda 'soltinha', ávida por clicadas e reconhecimento. Para mim, quanto mais mulher melhor. Aproveite a copa, Larissa, só que não força a barra, por que se for te comparar com as deusas daqui seu corpo é um plágio, um objeto chinês obtido no Paraguai. E não espere uma menção favorável antes de se deitar com qualquer cara, eu pelo menos não faria isso, é típico na postura do 'quem pega mais', e seria como pisar na bola, coisa que não costumamos fazer nos campos daqui. Eu não faria tantos elogios depois de pegar uma dessa não! E pouco tempo depois, até me esqueceria do episódio em que a notamos, pela primeira vez como celebridade mundial, com um celular entre os seios, naquela copa barulhenta na África do Sul.

12 de outubro de 2013

Bolhas de Sabão




Diante da tela do computador, na casa de um amigo - ausente -, sua filha pequena me convidou pra brincar.
- Ei me ensina a fazer bolhas?- me perguntou sorrindo.
Trazia na mão um kit projetado: Um copinho com uma "fórmula-mágica" e uma espécie de canudo envolvido em um anel na ponta.
- É fácil, me empresta aqui - respondi.
Soprei suavemente enquanto reconhecia o que fazia. As bolhas flutuavam ostentando a beleza das cores.
Ela sorriu novamente, e com ímpeto inocente, me tomou o seu brinquedo. 
- Olha, deixa eu tentar?
Por vários modos ela tentou, mas sem sucesso, frustrou-se. Eu, calmamente, expliquei que era preciso se soprar como quando buscamos aliviar a dor de um "dodói".
Ela seguiu num costume infantil com seu hábito insistente de tentar aprender, por minutos, e se exaustou, me contagiou e eu voltei a atenção para o conteúdo da internet.
- Continue tentando... suavemente - continuei.
De olho na tela do CPU, procurava no Google algum resultado sobre a filmografia de Quentin Tarantino. Logo, fui surpreendido por uma bolha que voava em frente ao monitor e, na sequência, assaltado por lembranças bem distantes:
De volta para o passado, em uma época de "dejavús" intensos, no apogeu da extrema curiosidade, habitado na infância, revivi sobre a laje de uma antiga moradia, bastante perplexo: Abaixo de uma nuvem de bolhas, avistei um tipo de ilusionista, rodeado por várias crianças. Um ser "sem face", roupas humildes, munido de material amador, porém, um desempenho profissional na produção de bolhas de sabão. Eram dezenas por segundo e o vento tratava de espalhá-las pela viela abaixo. As crianças o fitavam boquiabertas. O grupo aumentava a cada minuto. Todas elas abandonavam o que faziam, deixando para trás a velha pelota, as bolinhas de gude, a peteca, e o jogo de taco. Logo, algumas começaram a perseguir as bolhas maiores e estourar com as mãos, numa leve disputa. 
Minutos depois, o dono do show se despediu, com um ar meio altivo, subiu a viela, imediatamente senti saudade da brincadeira.
Voltei correndo para o andar térreo de casa , desci a escada giratória para o quintal, nos fundos. Fui logo contar o que acabara de ver para a minha mãe, que esfregava algumas roupas, cantarolante, e me peguei bastante emocionado, ao mesmo tempo em que puxava insistentemente a barra da saia dela, que parecia gostar muito daquele tanque.
- Mãe, eu vi um homem fazer bolhas, como na televisão, sabe fazer? Me ensina? Vai?- disparei ávido.
- Tá bom vá até a cozinha e me traga um copo.
Quando retornei correndo, ela já havia improvisado um canudo, quebrando um pedaço de antena velha. Depois completou o kit pegando do próprio balde de roupas a até então desconhecida fórmula: Água com sabão. 
Ela se postou na minha frente.
- Observe - soprou e fez várias bolhas. Quase ri. Ao observá-la, pensei que fosse fácil, ao tentar, além de soprar forte, de início, virei a ponta do canudo pra cima e virei o líquido pra dentro da boca, sem que quisesse: Engoli sabão. Fiz uma careta. 
Ela riu: 
- Molhe o canudo e, ao encostar na boca, não erga a ponta. Sopre de leve. 
Depois de alguns erros cômicos, com paciência, aprendi a dar vida à coloridas bolhas, e me gabava por isso. Com a prática, enchi o quintal de bolhas e gritei pela atenção da minha mãe que já tinha se voltado aos seus afazeres. Ela se virou para mim novamente, com um pregador entre os dentes e me cumprimentou com um gesto facial familiar.
Aquele episódio sumiu de repente, explodindo na lente frágil daquela bolha, de frente da tela do computador. Quando me virei à procura da menininha novamente, percebi que estava irritada, talvez porque não lhe dei a atenção devida, não pude escutá-la, estava bem distraído. 
- O que foi? - busquei a verdade.
- Faz outra bolha, não consigo mais - ela me disse alterada.
Tive de acalmá-la, e expliquei mais uma vez a teoria da brincadeira para aquela que me imitava inconscientemente quando criança.
Minutos depois, buscando matérias na internet, cercado por inúmeras bolhas - que a menininha havia feito -, me distraí novamente: Estava à procura, juntava fragmentos, peças para um quebra-cabeça, perdido no campo da memória, em busca da identidade do senhor "sem-face". É do que realmente gostaria de me lembrar, não do gosto amargo no paladar, manifestado desde o primeiro momento em que o espetáculo da minha "cena cômica" brilhou.

8 de outubro de 2013

F1 - O Combate do Gigante Por Uma Modesta Posição.







Na minha casa só eu assisto F1, não é possível compartilhar no meu lar nenhum assunto sobre os pilotos da melhor competição de carros do planeta, meu irmão sente ânsia só de ver (aproveita o assunto para me mostrar o quanto ele é um cara irônico), minha mãe por vezes não diz nada, mas pelo jeito, imagino que ela considere um esporte pedante. Nas madrugadas de transmissão de GP eu me sinto à pisar na lua, isso é muito legal, eu reconheço. Eu não tenho manias estapafúrdias de torcer para o azarão das pistas, prefiro ver o atual campeão ser vítima de uma "cochilada" em uma chicane traiçoeira. Mas que essa distração não resulte em acidente é claro. Não torci, por exemplo, pela morte de Schumacher na volta 0 no circuito Inglês a 300 km p/ hora em 1999: Soubemos depois pelos médicos, que o resgataram, que havia marcas de botões do volante em seu capacete, tamanha foi a pancada e que ele saiu com as 2 pernas quebradas. Eu não sou trapaceiro como ele, só torço para que as condições do "pega" melhorem. Sinto que é melhor que chova as vezes, assim pilotos menos equipados podem se dar bem em pistas de baixa velocidade. Analisando o fator técnico dos pilotos, considero atualmente, Alonso e Raikonnen os melhores, eles me lembram os verdadeiros campeões, os "Racers". Mas como se percebe qualidades em um piloto dessa competição nos dias evoluídos dos engenheiros projetistas de hoje em dia? Para mim a performance é uma meta a partir do equipamento disponível. Um modelo padrão herdado pelo que víamos ser extraído de Ayrton Senna. Depois dele, que é um rei para mim, para quem eu iria torcer? Hamilton, de "Benz", carro mais potente e equilibrado que a Ferrari e a Lótus, e mesmo assim estando sempre atrás? Não. Acho também que não sou obrigado a torcer para o Massa, ele me cansa! E eu sou patriota mas nem tanto! (visto que eu não torcia pelo o carisma de Senna e sim pela sua enorme capacidade mental e funcional). Comparando essa questão, é como fazemos ao considerar um jogador de futebol "internacional". Todos não temos um preferido? Sim. Quem está brilhando no campeonato mais disputado do momento? Neymar (o Brazuca), eu não o elegeria meu favorito só por que é brasileiro ou porque me parece um cara legal, para mim e a maioria ele está roubando a cena - e como é bom ver justiça nos gramados do mundo. Eu faço o mesmo na F1, não importa se é um esporte bastante puxado para a ideologia da Europa (e inteiramente "fabricado" nesse continente), só faço isso porque sou um cara que preza pelo que é justo, sou atento a isso. Mas e você, trabalha isso em si próprio? Pois bem, quem é o cara da F1 nos dias de hoje? Talvez seja difícil dizer que alguém prove algo mais que o Vettel. Por que o lema na F1 é quem prova mais não é isso? Negativo, para mim não, os números dele não me impressionam. No último domingo na Coréia do Sul, ele esteve sim acima da média, conduziu bem seu bólido, mostrou serviço e não cometeu erros estúpidos. Mas só por isso os críticos querem comparar sua carreira a de Senna? Não sejamos levianos! Já Raikonnen, só para frisar um pouco de equilíbrio, bateu mais uma vez alguns carros superiores com sua Lótus, mesmo largando em 10º no grid e, se as mudanças de fama drástica acontecerem de uma forma relevante em 2014 teremos seu favoritismo no próximo Chassi da Ferrari. Não se enganem com Alonso, que sempre apavora nas largadas, dessa vez com uma Ferrari abaixo do equilíbrio que se esperava, até iniciou bem, mais não teve espaço na primeira curva da pista e perdeu chance de arrancar nas primeiras posições, mas ao contrário do que o narrador da Sportv mencionou, dizendo que ele cometeu um erro, na verdade ele saiu fora da pista por méritos, pois desviou seu carro de outro mais bem colocado, a primeira curva da pista após a linha de largada era muito próxima, e os pilotos também dependem do rendimento dos carros a sua frente. Adiante, Massa retardou demais a freada - parecendo que precisava de um GPS - como se ele soubesse fazer isso sem passar do ponto na curva, levou um toque na roda esquerda numa fechada ilegal de Rosberg e rodou já no início, ficou um tempinho parado no meio da pista (caindo para último) e se não fosse a área de escape a concorrência tinha se atrasado mais ainda para ultrapassar o "estorvo". 
Quem foi para o autódromo parece que se divertiu sim, é verdade, o desempenho da Lótus, aliás, dos pilotos, foi espetacular, eles não só continuam dando trabalho para a Ferrari, Mercedez e McLaren, como fizeram valer o ingresso. Quando Raikonnen se aproximou de Grosjean e o ultrapassou um pouco antes da chegada de uma curva, como outra que ele já havia aprontado no GP da Áustria ( 1º prova do ano) por fora em uma chicane para cima do Hamilton, percebi que ainda há uma boa dose de valor nesse esporte. 
As emoções não pararam por aí, na metade da prova Rosberg (no momento em 4º) vinha numa crescente, pegou o vácuo de Hamilton, ultrapassou ele mas o bico do seu carro se soltou, arrastando faíscas pelo trajeto. Olhei e desanimei, "foi-se a ameaça de Vettel". Rosberg se obrigou a ir aos boxes, caiu muito e não incomodou mais. É nítido e escancarado que os combates na F1 agora são mais frequentes por posições mais modestas: 3º, 4º, 5º ou 6º lugares. A culpa é da FIA? Da carta branca a toda tecnologia? Quem sabe, eles nunca contribuíram para uma competição melhor entre as equipes mesmo, por conta dessa incompetência é que as artimanhas dos pilotos mais arrojados (ou a existência deles) se tornaram lenda. 
A certa altura o pneu de Perez se espatifou e trouxe pela segunda vez (eu acho) a entrada do carro de serviço. Com isso quem perdeu foi Webber (RBR), outra ameaça de Vettel, se não estivesse largado em 13º. Na volta 41 a relargada, ele foi atingido por Sutil e teve seu carro danificado e envolvido em chamas, ele se mostrou bastante desanimado ao abandonar o Cockpit, parecia ter desistido da vida, nem parecia temer uma lambida daquelas labaredas no corpo. 
Esquecido em seu domínio Vettel já foi abrindo vantagem, Alonso (em um péssimo dia da Ferrari) ultrapassou Hamilton mais levou o troco segundos depois. Em seguida apareceu o gigante do GP numa Sauber resfolegante: Era Hulkenberg. Hamilton comeu poeira, depois, vergonhosamente, pediu sugestões via rádio aos instrutores da sua equipe (Mercedez). Como se o Lauda (ex-piloto, hoje presidente não-executivo da equipe) pudesse fazer muito por ele naquela situação. Ele, por vezes, até recuperava a 4º colocação, mas levava o troco sempre na sequência. Foi assim por vezes, pouco minutos, mas preciosos para a disputa. Hulk deu com insistência uma "bucha", desenvolvendo um melhor traçado. 
Na última volta, de modo trivial e pouco considerado, Vettel passou na bandeira quadriculada, vibrou, mas nem tanto quanto Hulkenberg faria. Depois dos comerciais, no fim daquela madrugada, com um sono lunático, esperei os pilotos subirem ao pódio com a mente muito cansada, acho que confundi a situação. Vi o Raikonnen no pódio (2º) o Vettel com seu humor de criança esperando o próximo... Grosjean? Droga, é mesmo, achei por um instante que Hulk subiria aquele 3º degrau, algo deveras especial pelas circunstâncias.


4 de outubro de 2013

A Verdade de Uma Bala




Um pastor vestido à caráter, aguarda a esposa junto a moto para o culto de domingo. Enquanto ela se arruma, ele, de costume, prepara no baú da moto seus instrumentos para discursar, seu Hobby preferido. Ela não demorou a subir as escadas, veio com sua conhecida disposição, o que sempre o contagiava.
Os dois montam na moto e seguem a breve viagem. No percurso, o habitual barulho no trânsito: Carros equipados por jovens que escutam um promíscuo Funk carioca, frotas de motos que teimam em estourar os motores por onde passam, causando transtorno por toda parte. Em meio ao furdunço, foi possível se discernir com muito empenho da atenção um estampido diferente (pow). O pastor reduziu a velocidade, olhou para os lados, pra esposa, e perguntou apalpando sua perna:
- Tudo bem?
- Sim, porquê? - respondeu curiosa.
- Nada, me ocorreu algo sem muita precisão - exclamou o pastor.
Eles continuaram o percurso que não durava mais que dez minutos e estacionaram o veículo enfrente a uma pequena igreja evangélica a qual frequentavam a anos. Como um dia qualquer, ela desceu e foi na frente enquanto ele tratava de abrir o baú e pegar seu kit. Um toque no botão e o compartimento se abriu automaticamente. Percebeu entre seus objetos que sua bíblia estava com as folhas amassadas. Ao abri-la encontrou um fragmento de bala de revólver. Logo olhou e viu o furo no baú. Sua espinha arrepiou, lembrou como um relâmpago do "estampido diferente" que ouvira no caminho.
Ele analisou o rumo que a bala poderia ter tomado e, constatou que era um dia de livramento. Na linha da bala pôde imaginar, sem que quisesse, que o destino dramático era a espinha de sua esposa. Recolheu o fragmento de bala no bolso do paletó, fechou a bíblia, o baú da moto e seguiu para o interior da igreja com uma ideia fixa na mente: "Com esse livramento, sei que minha fé, agora fortalecida, me prepara ainda mais para exercer essa função." Com o coração irrigado de amor, passou pela porta de entrada da noiva de jesus. Hoje, o discurso ia ferver...

1 de outubro de 2013

Brazucas Não Falam Inglês


Uma vez, em 1988, o vocal da cantora americana Betty Wright bradou: No pain, no gain (“Sem dor, não há ganho”) recentemente - e talvez, coincidentemente - os americanos aficionados em treinos acadêmicos e os halterofilistas adotaram essa expressão durante suas práticas, e posteriormente ela se estendeu para os campos do esporte e afins. No Brasil - penso eu - terra de sexualidade forte, essa sonora seria traduzida de outra forma. O Brasileiro diria: "Sem suor, sem prazer".