18 de setembro de 2013

Raio X da Obra: Assassinato no Expresso do Oriente


Agatha Christie produz aqui uma trama genial. Em um luxuoso trem destinado a percorrer 3 dias pela Europa (Instambul - Trieste - Calais), um passageiro inesperado embarca, M. Poirot, um detetive renomado, junto a mais 13 passageiros de etnias variadas e profissionais da companhia. Na calada, um deles é assassinado com 12 apunhaladas, entre 0 hs e 2 hs da manhã e, Poirot toma a frente das investigações, apoiado pelos responsáveis da companhia do trem. Depois de um exaustivo interrogatório o detetive formula 2 soluções. A primeira, a possibilidade de um assassino de fora: "O vilão entrou pela plataforma, numa parada, disfarçado de condutor de trem, munido de chave mestra, invadindo a cabina da vítima só que entrando pela do vizinho, saindo e deixando tudo trancado, por onde entrou.", isso ele disse em uma sala, reunido com todos os passageiros. A segunda versão - a por mim mais aceita - aponta todos os 12 passageiros como culpados. Além de Poirot desconfiar dos álibis apresentados, todos por pessoas não prováveis, e depois de descobrir a verdadeira identidade da vítima, por meio de fragmentos de uma carta encontrada queimada, na intenção de afastar pistas. O alvo fora Casseti, sequestrador Americano, acusado de matar Daisy armstrong - curiosamente absolvido do caso. Pouco a pouco, os passageiros foram desvendados entre as células cinzentas do detetive. É provável que todos se dividam entre membros da criadagem e parentes próximos de Daisy. No desfecho, o leitor descobre que um Júri camuflado, e liderado pela atriz Linda Arden (Mãe de Daisy), o condena, executando na escuridão da matina, isso se for devidamente lembrado e considerado a relevância das 12 facadas em diferentes proporções. A autora desafia a saúde do raciocínio, demonstrando um dom divino.

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